O Aeroporto Professor Pedro Moreira não é uma dádiva eleitoral. É fator de crescimento econômico do sertão paraibano. Em meio à enxurrada de fotos e matérias acerca da inauguração do terminal de passageiros pelo governador Ricardo Coutinho, jornais impressos e sítios na internet informaram que o “aeroporto beneficiará os 15 municípios da região polarizada por Cajazeiras”. De tanto repetir o jargão, “região polarizada por Cajazeiras”, nós perdemos a noção exata da importância econômica do novo aeroporto.
Essa visão tacanha vem desde o começo. A secretária do governador José Maranhão, a cajazeirense Lena Guimarães, garantira várias vezes que seria construído um “terminal de passageiros decente”. Não foi. O projeto saiu do tamanho de seus autores. E de quem o mandou elaborar. Fruto da absoluta falta de compreensão do real significado do empreendimento para a economia da Paraíba. Por isso, fez-se uma “casa de pombos”, no lugar da “estação de passageiros decente”, reivindicada pelo MAC - Movimento dos Amigos de Cajazeiras.
De propósito, estou remoendo o assunto. Por quê? Para deixar bem claro o erro, a origem do erro. O erro de pensar que o Aeroporto Pedro Moreira é tão somente um produto eleitoral para Cajazeiras. É muito mais do que isso. O novo aeroporto representa para a Paraíba uma alternativa a mais para ajudá-la a crescer. E crescer sem aumentar o desequilíbrio geográfico, aliás, uma das características nocivas da evolução econômica da Paraíba nas últimas décadas, marcada pela concentração de atividades produtivas, investimentos, população e emprego no litoral, em detrimento das áreas mais afastadas do interior. E o mais preocupante: tal quadro tende a agravar-se diante da perspectiva de integração da Paraíba ao complexo automobilístico pernambucano, a ser instalado pela Fiat em Goiana.
O novo aeroporto, isoladamente, não representa a salvação da lavoura, mas propiciará aumento de renda e empregos diretos, retendo parte das receitas que migram para Juazeiro do Norte, por exemplo. Com isso inverte-se o fluxo de passageiros e cargas de outras regiões, inclusive do próprio Ceará e do Rio Grande do Norte. Ora, a área geográfica potencial do mercado do nosso aeroporto será delimitada, teoricamente, por um raio de 100 a 150 km. Portanto, não é apropriado falar-se apenas em benefícios para “os 15 municípios polarizados por Cajazeiras”. Isso é apenas a parcela mais visível da relevância econômica do novo aeroporto. De modo indireto, ele vai facilitar a criação de novas oportunidades de crescimento das atividades comerciais, agrícolas, industriais e de prestação de serviços, graças à operação de transporte rápido, regular e seguro. Sem falar do ótimo empurrão para consolidar o pólo de ensino superior e técnico.
Comentário - Francisco Cartaxo | Diário do Sertão
5 comentários:
oi amigo, sou natural de cajazeiras mas moro em são paulo,esse aeroporto ai na minha opinião poderia beneficiar todos nós, mas eu acho que ai nunca vai pousar avião grande como os da tam , gol, varig, azul...pois o terminal de passageiros é bem menor que a cosinha da casa de quem fez esse projeto ai, isso eu tenho certeza! como você mesmo falou em seus comentarios mais parece casa de pombo, aliás , casa de pombo ainda é maior , essa é minha opinião e obrigado.
Caro "Kokinho" realmente o projeto do Aeroporto Regional de Cajazeiras deixou a desejar, a pista com 1600 metros comporta realmente uma aeronave da GOL e da TAM, B737-700 e A318, apenas essas aeronaves de grande porte poderiam pousar em Cajazeiras,e o Terminal de passageiros nem se fala, parece até uma casa comum, deve ser ampliada para que as companhias se interessem pela região, como o caso de Juazeiro do Norte, cerca de 4 a 5 companhias operam operam por lá e o terminal é grande, mas como tudo se trata de uma questão política , acho que por Cajazeiras nem tão cedo essas aeronaves irão pousar por lá nem deve ser ampliado o terminal.
Agradecemos o Comentário.
Atenciosamente
Luiz Felipe Adm. do Blog
E o meu comentário?
Qual o seu comentário J. F. Bezerra?
Não nos chegou nenhuma informação!
Oi Luiz Felipe. Havia feito um comentário acerca da possibilidade de empresas como a TAM e a GOL vir a operar em Cajazeiras. Na realidade é uma ilusão esperar isso acontecer, pois a pista com 1600 metros é imprópria para aviões tipo AirBus 319, 320 ou 321 utilizados pela TAM e por Boing 737-700 e 737-800 da GOL, pois para operar com segurança é necessário 1500 metros de área util + 350 metros de área de escape. Além do mais não vejo como viável economicamente para estas empresas, vez que em Juazeiro do Norte, Campina Grande e Mossoró, que tem maior fluxo de passageiros não conseguiu atrair essas empresas, em especial a TAM. Frise-se que a GOL só se mantém em Juazeiro do Norte por força de contrato, o que impede a mesma de suspender as operações lá. Contudo é bom acreditar no desenvolvimento da cidade.
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