sexta-feira, 10 de junho de 2011

0 Momentos da Aviação Paraibana : Condições meteorológicas dificultam pouso no Castro Pinto; após duas tentativas vôo da TAM volta para Recife

Dois vôos, um da GOL e outro da TAM, sofreram atrasos nesta sexta, 29, no aeroporto Internacional Castro Pinto. Segundo a Infraero, o atraso se deu por falta de condições meteorológicas. O caso mais delicado envolveu uma aeronave da TAM que depois de tentar pousar duas vezes teve que retornar para Recife, acarretando atraso de 1h32.


Dois vôos, um da GOL e outro da TAM, sofreram atrasos nesta sexta, 29, no aeroporto Internacional Castro Pinto. Segundo a Infraero, o atraso se deu por falta de condições meteorológicas. O caso mais delicado envolveu uma aeronave da TAM que depois de tentar pousar duas vezes teve que retornar para Recife, acarretando atraso de 1h32. 

“Tivemos no início da madrugada chuva forte isso provocou uma redução nos valores de teto e visibilidade”, explicou Walter Gonzaga, coordenador de navegação aérea do aeroporto. 

O vôo da GOL estava marcado para sair 1h da manhã, mas por falta de teto e visibilidade acabou sofrendo um atraso de 1h28 minutos. O vôo só pode decolar do Castro Pinto às 2h28. “Ela já chegou atrasada”, alega Gonzaga. 

Segundo Gonzaga, o avião chegou a fazer uma manobra para aterrissar, mas teve que arremeter (o termo se refere a quando a aeronave aborta a descida e pega altura novamente por falta de condições de pouso). O avião teve que aguardar alguns minutos, para fazer novo procedimento. A arremetida aconteceu à 1h28. A GOL conseguiu pousar era 1h44. 

O outro caso, aconteceu já nas primeiras horas da manhã, quando o avião da TAM tentou pousar duas vezes sem sucesso, também por falta de condições de teto e visibilidade. A aeronave deveria sair às 4h40, mas só pôde partir às 6h12. 

O avião da TAM arremeteu primeiramente às 3h13, efetuou uma pequena espera, fez outro procedimento, mas teve que arremeter novamente às 3h22. Foi aí que o piloto decidiu retornar para Recife, onde pousou e aguardou que as condições melhorassem. Ele retornou ao Castro Pinto às 5h27 e conseguiu partir só às 6h12. 

Teto e visibilidade - Gonzaga explicou que em caso de chuva, pode haver uma redução da visibilidade o que acaba implicando na operação do avião por instrumento. 

“Existem procedimentos estipulados pelas normas de segurança da aviação que diz que o piloto deve ser aproximar até uma determinada altura e em caso dele não conseguir ver a pista ele deve arremeter, é o chamado procedimento de aproximação perdida”. 

“Isso é normal”, ensina Gonzaga. “Essas camadas (de nuvens) ficam se deslocando e por isso numa segunda aproximação o piloto pode conseguir ver a pista. Essa decisão de alternar para outro aeroporto ou não é do piloto, ele vai levar em conta não só as condições de meteorologia, mas também as condições da aeronave. Ele não pode correr o risco de ficar com pouco combustível”, pontua. 

Como é - A visibilidade para o piloto é horizontal, refere-se a quão distante ele consegue ver no horizonte. O teto é vertical, se refere a altura da mais baixa camada de nuvem. 

“O piloto olhando da aeronave vê inclinado, se ele estiver mais alto que a nuvem ele não vai conseguir ver o solo”, argumenta o coordenador, completando: “essas camadas de nuvens que provocam as chuvas são baixas e o teto mínimo permitido é de 1 mil pés, naquele momento (do vôo da TAM) havia apenas 800 pés”, conclui.
Paulo Dantas
WSCOM Online

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